segunda-feira, 6 de março de 2017


   

EXPOSIÇÃO GENOMA

PABLO MENEZES, artista plástico, 38 anos, sergipano, radicado no Rio desde 1998, expõe de 16 de março a 14 de maio 2017 no Centro Cultural Correios sua mais nova série GENOMA, com curadoria de Mario Britto.
Multimídia, conceitual e autodidata, desenha desde a sua infância ainda em Aracaju, seus primeiros trabalhos abstratos são da década de 90. Pablo Menezes vivia em Londres na ocasião da abertura do Museu Tate Modern, sendo influenciado pelos grandes movimentos artísticos contemporâneos da época. Retornando ao Brasil em 2001 faz sua primeira exposição individual em Aracaju. A cada nova fase, Pablo inventa e reinventa técnicas, descobre e utiliza novos elementos, para expressar sua arte de alma abstrata e vertente minimalista.
Na iconografia do artista, destacam-se o recente painel GENOMA - ARTE DE RUA 2016, na fachada do estúdio de música, Rua Ipiranga, Bairro Laranjeiras, o imponente painel de azulejos "Veredas Juninas", em Rosário do Catete/SE, (considerado um dos maiores do país com 50x2m), o prêmio júri popular Salon International d´Art Contenporain Heclectik Galerie Carrousel du Louvre, (inclusão da tela Percurso Sedimentar Vermelho - 2015) na instalação Desvio Para o Vermelho do artista Cildo Meireles, entre outras. Sua tela Percurso Sedimentar Negro – 2012 faz parte do acervo permanente do MAM/RJ - Coleção Gilberto Chateaubriand.
Para a exposição GENOMA, são apresentadas 50 pinturas, de diversos tamanhos, em acrílica, sobre papel ou tela. Explora as possibilidades de uma pintura pura, sem artifícios, além das conjunções básicas dos três elementos fundamentais da pintura: a tinta, o pincel e o fundo branco. Por esse caminho simples, explora as gemas de cores primárias, que se unem criando um sistema orgânico, que pulsam em formas líquidas, possibilitando uma gama enorme de combinações, interpretações e leituras.
Mais informações em:  www.genomaarte.blogspot.com www.pablomenezes.blogspot.com
SERVIÇO
Centro Cultural Correios.
Abertura: 15 de março de 2017 – Quarta-feira – 19h
Exposição: 16 de março a 14 de maio de 2017
De terça a domingo das 12h às 19h
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro - RJ
Corredor Cultural 20010-976 - Telefone: (21) 2253.1580
Contatos do artista: (21) 2205-9070 - (22) 997414490 - zap
 artepablomenezes@gmail.com    


 “Genoma” é a síntese de um longo período de estudo focado nas questões mais simples e básicas relacionadas à arte de pintar. Nela, Pablo Menezes decodifica o DNA das cores e apresenta um trabalho que não é uma mera repetição de formas mas sim a representação de organismos vivos, próprios e autônomos, nos quais, a cor – protagonista em todos os trabalhos –, possibilita, sem perder a identidade pictórica de cada obra, uma grande capacidade de combinações e cruzamentos cromáticos entre elas e a partir delas.


Mário Britto
Curador

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Genoma

Pablo Menezes

A arte educa os gostos e influencia nossa própria noção do belo. Mas nosso gosto, ou a noção daquilo que consideramos belo, se modifica ao entrarmos em contato com diferentes trabalhos e ideias.
Esses novos conceitos quebram nossos paradigmas e nos colocam frente e frente com visões que ainda não receberam uma etiqueta e que não estão catalogadas em nosso universo de conhecimento.
É nesse intervalo de não-classificáveis que encontramos o trabalho de Pablo Menezes.
E o encontramos refletindo um momento social, em que os conceitos que nortearam e ancoraram a vida moderna do século XX estão perdendo suas características sólidas e se transformando em pura fluidez.
Este trabalho encontra, também, correspondência direta com o movimento de contração e expansão, a sístole e diástole produzida pela força motriz de nossos corpos, o coração, nos relembrando que pertencemos ao movimento contínuo do ciclo de energia universal.
No trabalho aqui apresentado, toda essa fluidez se reflete numa representação pictórica produzindo formas "sem formas" através do uso da cor. É a cor marcando sua presença em total interação com o pulso quântico do universo.
Essa dança de cores corre pelas telas, nos lembrando que a vida é um ciclo interminável e que somos parte de um todo muito além de um mero corpo físico individual.
A vida pulsa em cada respiração. E cada respiração pulsa nos genomas produzidos pelo artista. E assim somos convidados a voltar a respirar no ritmo do coletivo universal.

Sheila Emoingt




GENOMA - 2015 - acrílica s/papel - triptico